Se você respondeu afirmativamente, aí vai outra pergunta: Seu ciúme é normal ou patológico?
Talvez você não saiba a diferença entre ciúme normal e patológico. Talvez você não saiba onde exatamente seu ciúme deixa de ser normal para se tornar um transtorno.
Quem sabe você nem saiba que o ciúme tem uma causa. Pois é, você não sente ciúme exagerado do nada. Ele tem uma razão de existir. E ele também tem tratamento.
Ninguém precisa sofrer por ciúme eternamente e muito menos morrer por causa disso. Todo esse sentimento de desespero, desesperança, inferioridade, dor, apatia, medo e tudo o que acompanha o ciúme patológico pode e deve acabar. E para isso bastam alguns ajustes psicológicos.
Para começar, entenda um pouco a diferença entre o ciúme normal e o doentio.
O ciúme dito normal é aquele em que há a ocorrência, mesmo que sutil, do motivo que o ocasionou, do fato real. É o medo de perder o outro. Um medo normal, específico e transitório. Passada a situação, passa o ciúme. Sem maiores transtornos, sem ressentimento e sem ruminação. É um ciúme tranquilo, brando, passageiro e que não causa muita dor.
O próprio Freud já afirmava: “ O ciúme é um dos estados afetivos que, como o luto, podem ser designados como normais. Quando parece estar ausente no caráter e na conduta de alguém, justifica-se concluir que sofreu uma forte repressão e, por isso, tem um papel maior na vida psíquica inconsciente”. Trocando em miúdos: todo mundo sente ciúme. E aquele que diz não sentir, está reprimindo um sentimento que mais tarde vai trazer problemas.
O ciúme torna-se um problema quando ele está prejudicando a vida do ciumento em todos os aspectos: conjugal, familiar, profissional e social. É quando o ciumento começa a apresentar comportamentos bizarros à procura de provas, a fiscalizar, exigir senhas das redes sociais, aparecer em horários inoportunos no ambiente de trabalho do parceiro, fazer cobranças descabidas, tudo isso a procura de provas de uma suposta traição. E isso toma um bom tempo da vida e da rotina do enciumado, além de causar prejuízo no relacionamento.
O ciumento patológico tem um verdadeiro sentimento de posse, onde cada passo do outro tem que ser reportado. Ele tem sentimentos e comportamentos de controle muito exagerados. E ele sofre com isso. Passa a ter taquicardia, sudorese, insônia, tensão muscular, gastrite, etc. Só em imaginar que está sendo traído.
O ciúme patológico transforma a vida do enciumado, do parceiro e de todos os que convivem com eles, sejam familiares ou amigos. Todos os envolvidos, de alguma forma, sofrem com a situação. Isso porque o enciumado fantasia, delira e tem plena convicção de estar sendo traído. Nada nem ninguém consegue tirar essa ideia fixa de sua cabeça.
E são várias as possíveis causas psicológicas da pessoa apresentar um sentimento de ciúme excessivo. Algumas delas são: Ele ter presenciado cenas de ciúme exagerado dos pais – em sua infância – e considerar aquele comportamento normal; ter, de alguma forma, sofrido abandono na infância; ter sofrido bullying; ter sofrido abuso físico ou psicológico; ou até mesmo ter sofrido traições em relacionamentos anteriores.
Tudo isso e mais outras causas igualmente importantes provocam uma série de sintomas como baixa autoestima, complexo de inferioridade, pouca confiança em si mesmo e nos outros, insegurança, etc. Que afetam diretamente sua forma de pensar, sentir e agir.
No DSM-5 (Manual Estatístico e Diagnóstico dos Transtornos Mentais) o ciúme patológico é mencionado em, pelo menos, quatro transtornos: Transtorno Obsessivo Compulsivo, Transtorno Delirante, Transtorno Paranóide e Transtorno Borderline. Por aí se conclui a gravidade da situação.
Mas, e a pergunta que não quer calar: Tem tratamento?
Tem sim. Além de um bom psicanalista ou psicólogo, que vão trabalhar, cada um com sua técnica, a busca da causa e a eliminação dos sintomas, pode-se, ainda, procurar um psiquiatra para avaliar a necessidade da introdução de fármacos, que serão utilizados em conjunto com a terapia.
O ciúme patológico é um transtorno doloroso não só para quem o sente, mas também para quem convive com o ciumento. A boa notícia é que tem tratamento.
Por isso, se você se identificou com um ciúme exagerado, procure ajuda. Ninguém merece viver uma vida de dor. A vida é curta, mas viver assim a torna longa, longa de muito medo e sofrimento desnecessários.
Dica de leitura: Ciúme Patológico, passando dos limites.
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