Sempre associamos resiliência ao pensamento “aprender com o erro ou a dor e superar”. E trata-se justamente disso.
Na própria física o conceito de resiliência consiste em que um certo material, depois de manipulado, volte ao estado inicial.
Mas este conceito, dado pela física ou matemática, não completa tudo o que o conceito de resiliência do senso comum significa, pois, muda-se sim, mas com claros sinais de alteração, aperfeiçoamento e aprendizado.
Após submetidos a estímulos que provocam algumas modificações nos materiais sujeitos a experimentos, aqueles mantém sua rigidez original. O que não acontece no comportamento humano que, apesar de pegar emprestado o conceito da física, não o manteve em sua originalidade, justamente por causa da subjetividade que é inerente ao ser humano.
O homem tem a potencial capacidade de manter-se estável emocionalmente depois de sofrer situações estressoras ou adversas.
Potencial significa que tem tudo para sê-lo feito assim, mas nem sempre o é. A capacidade para a estabilidade é inata, mas não necessariamente factível.
O processo de resiliência é dinâmico, e, por vezes, bastante complexo. Envolve uma série de fatores, pois o homem não é somente um ser biológico, ele também é um ser psicológico, na medida em que a construção de sua personalidade é feita através, também, do ambiente em que se desenvolve. Sem esquecer que o homem também é um ser gregário e moldado pelo meio em que vive.
Sendo assim, também é social, ou seja, bio-psico-social.
De forma que não dá pra manipular em um tubo de ensaio o grau de ajustamento psicológico que cada um vai apresentar depois de passar por agentes estressores.
Para completar com um exemplo, imagine duas pessoas. Uma cresceu em um ambiente sadio, com afetos positivos e uma autoestima elevada. Agora pense em uma pessoa que cresceu em um ambiente disfuncional, com pais negligentes e hostis.
Quando cada uma dessas duas pessoas passar por um mesmo agente estressor, digamos, um assalto ou até mesmo uma traição ou perda de emprego, cada uma vai reagir de uma forma diferente, com maior ou menor grau de sofrimento.
A pessoa que cresceu em um ambiente favorável tem mais meios de superar a dor, ser resiliente e até evoluir, depois de uma situação de perigo.
Já a pessoa que viveu momentos difíceis na vida, tende a ter uma autoestima mais baixa, menos capacidade de ver o seu entorno claramente, menos confiança nos outros e menos capacidade de ser resiliente.
E é aí onde entra a psicologia – principalmente a psicologia positiva -, que através de seus métodos e suas técnicas, leva o indivíduo a enxergar e trabalhar para um pensamento mais realista e mais focado no positivo.
A Teoria do Esquema, que é uma abordagem da Teoria Cognitiva Comportamental, é bastante eficaz no que diz respeito a alteração e modificação do pensamento, sentimento, e, consequentemente do comportamento, através de técnicas que incluem, inclusive, a investigação psicanalítica. Contribuindo para que a pessoa possa ter uma vida de maior qualidade, mesmo diante das adversidades.
Porque, afinal de contas, resiliência é muito mais que uma simples adaptação inata. Ela pode ser aprendida.
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